âmbar
Surges pequenina, infantil, a cantarolar baixinho e a sentir de perto o passar das horas. O fumo incomoda-te, gostas de contos e de fadas. O calor do sol queima-te as bochechas e dá-te côr de concha. Deitas-te. Sentas-te. Passeias pela sala, bates com os pés. O silêncio rasga-te por dentro, não o podes suportar. E a interminável espera...
Ainda te lembras das histórias que ela te contava ao adormecer, do pó de fadas que ela espalhava em jeito de polvilho para que dormisses tranquila.
Ainda não te conheço bem, ainda não sei o que fazer contigo. Sei que te levo todos os dias no bolso da frente e que em breve serás tu a tomar conta de mim, debaixo das luzes, no palco frio.
Chamas-te Âmbar.
"As Fadas Também Morrem" de Luíz Santillán, de 28 Mar a 28 Abr no Teatro Ibérico.
12 comentários:
a obra torna-se autónoma! ;) gostei de ver os primeiros passos e quero assistir à tua (e da âmbar)subida da escada da arte (teatro)...
lindo!
Que lindo! Tenho um certo fascínio pelo âmbar :)
bem, que chá tão doce, este...
Que mimo...
Tão doce!!!
Bjs
ela logo te sussurrará, com dedos de fada, o caminho. no palco nunca estás sozinha... http://polegadas.blogspot.com/2005/11/no-palco-nunca-ests-sozinha.html
TÃO bonito.....
:,o)
"surges pequenina" mas vais ser grande, eu sei!
Fico a pensar: deram-te nome de rua e não me sai da cabeça que seja Madalena, rua na muito quieta mas rua de Lisboa.
A personagem toma conta do actor? ... ;)
O Boca de Cena acabou.
Mudou para :
pulsardaqui.blogspot.com
então o Âmbar nã muda? a rua está muuuuito quieta...
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