quarta-feira, fevereiro 14


Sinto o frio do chão fecundo entre os dedos dos pés, e ali permaneço os dias sem as horas. É uma espécie de apaziguamento entre o meu corpo e a madeira pintada de preto, uma união entre o que de mais intimamente me compõe e o que mais publicamente me revela. São os exactos três minutos antes da maré encher em que vivo. E é aí que me construo e me sobrevivo.


O seu nome? Palco.


Foto: Ricardo Jorge, aqui ou aqui.

8 comentários:

polegar disse...

saudades

manhã disse...

Palco?
bem...sim, aí há uma verdade, uma verdade que não está acessível às palavras. É uma experiência onde não há antes nem depois, fora do tempo.

Custódia C. disse...

O Palco, tantas e tão boas peças que já vi .....

nana disse...

:,o)

Anónimo disse...

Envolvo-vos em mistério enquanto me envolvo em fantasias de mil e uma cores e purpurinas.
Sou céu e mar, dia e noite, eu e vós...

O meu nome? Cenário

Bom fim de semana.

Pulsante disse...

Todos os nós somos personagens, todos nós nos multiplicamos e sobrepomos em distintos papeis e o cenário...bem o cenário é o mundo inteiro...e é exactamente aí que me construo e me sobrevivo até à descida do pano, entre muita merda e com as pernas sucessivamente fracturadas.

Filipe Gouveia de Freitas disse...

O palco. Vai-me fazendo falta, sabes?

miak disse...

A minha outra princesa...

bj.