sexta-feira, março 14

para sobreviver.




toque violento. agarras-me à bruta com dedos de pedra fria e feres-me os pés como agulhas cravadas na sola, no chão preto e profundo. único chão onde consigo ser-me sem medos. fechar os olhos e ser a outra. a outra em mim, a outra de mim, eu.
louca, louca, louca, deixas-me louca, fazes de mim o que queres. sou qualquer coisa entre a rua e a grandeza das tuas paredes, as cadeiras de veludo encarnado e as luzes quentes em cima do rosto. só aí eu sou. so aí eu sei.

agarra-me outra vez.

3 comentários:

Filipe Gouveia de Freitas disse...

É assim tão forte!?

polegar disse...

é demasiado forte...
e eu, enquanto não te consigo mostrar que há mais por aí, só te digo que acredites em ti, no teu instinto, e faças o que precisas para sobreviver.

O SECRETÁRIO DO MARQUÊS disse...

Tenho um papel para ti, tantas personagens...