quinta-feira, junho 18

ao longe, tu.

tive de parar tudo.
tive de parar tudo o que estava a fazer para te vir escrever. não aguentava mais um minuto.
tive de parar tudo.

há músicas que são como se fossem tuas. porque são como se estivesses ao meu lado sempre que as ouço. como esta.
por isso tive de parar tudo. para te escrever.

daqui a 1 semana vais embora.
tens a coragem de abrir bem os pulmões e respirar fundo, em busca de novos mundos, outras cores. devíamos todos ser como tu. ir atrás de nós até onde fosse preciso, até quando fosse preciso, sempre que fosse preciso.
e tive de parar tudo.
de repente, ao ouvir a música percebi aquilo que ando a tentar evitar desde que me deste a boa notícia. que vais mesmo estar longe durante muito tempo. quanto tempo? voltarás?

tive de parar tudo.
o coração tornou-se maior que as palavras e rebentou em lágrimas densas e compulsivas.
desta vez tive de parar de te escrever.

bem sei que não estamos juntos todos os dias, nem falamos a todas as horas, mas penso em ti sempre e às vezes até falo contigo sem saberes, e ouço os conselhos que me dás em silêncio.
a partir de agora, como vai ser? deixas-me continuar a falar para ti no escuro?
lembrar-te-ás de mim?...

para onde irá o nosso Tejo, que será da nossa Lisboa?

vais embora, vai parar tudo.


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